sábado, 20 de fevereiro de 2010

Felecidade Carnavalesca

Carnaval terminou, mas o bloco Mulheres de Chico nào deixou de fazer uma belíssima apresentação com direito a samba em japonês. Quem melhor do que o grande Chico para nos fazer pensar entre um samba e outro?

Tenho a crença que muitas músicas desse autor nos alertam para a ilusória e fugaz "felicidade" carnavalesca. Esta sensação tem um nome muito conhecido: euforia. É verdade, como uma droga, seu efeito é arrebatador, mas passageiro. A pergunta que me fiz foi: Qual o problema que essa euforia poderia trazer?

Viver esta euforia não me parece um problema, mas é preciso saber que vai passar (como diria Chico). Não é um estado normal, nem constante. Não o é, pois não deveria ser. Precisamos de serenidade para viver e apreciar as sensações mais sutis. Acredito ser esta a diferença entre amor e paixão. A cataclísmica euforia da paixão com o enorme e sutil prazer do amor. Ops, saí do tema. Voltando... O problema aparece quando nos viciamos na euforia. Assim, começamos a acreditar que esta é o normal e deveríamos permanecer nela. Fazemos uma comparação com nossas vidas e as vemos com menos graça e entusiasmo, já que passamos a ignorar o que é belo, fundamental e sutil.

Dessa forma passamos a encarar a vida com uma perspectiva mais pessimista e triste, mais depressiva. É importante vivermos tudo aquilo que possa nos elevar. Mas o que é importante é darmos os devidos lugares às diferentes partes da nossa vida. Tudo é importante, mas todo vício é destrutivo.

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