quinta-feira, 11 de março de 2010

Histórias

Se pudéssemos parar nossa vida por algum tempo e viver outra. Teríamos a experiência de duas vidas. Assim poderíamos nos tornar mais preparados e tomar caminhos baseados em novas perspectivas.

O interessante é que isso já existe. São livros, filmes, séries, novelas, jogos e etc.
Em todos podemos presenciar e até interagir em histórias. Vendo os personagens e suas escolhas no desenrolar da história acrescentamos em nós mesmos experiências. Assim funcionaríamos com uma Gaia, que evolui conforme acumula experiências dos seres vivos que retornam a ela.

Essa capacidade de crescermos com o outro, é fundamental na evolução humana. Justifica nossa preocupação com o aprendizado e a manipulação da história. A partir de nosso potencial empático pudemos aprender sem ao menos nos expor.

Viver em comunidade nos gera ferramenta que nem ao menos nos damos conta. Observando nosso ambiente podemos viver melhor pois aprenderemos mais.

terça-feira, 9 de março de 2010

Drogado

Ando drogado esses dias. Após meses de uma intensa queda de felicidade, cheguei ao ponto de perder toda a esperança e vislumbrar o fim, não mais uma sombra disforme, mas algo palpável e terrivelmente real.

Lutei contra o desespero com todas minhas forças. Não havia um dia sem dor. As lágrimas vinham até os olhos, mas graças à uma psique doente e masoquista, elas voltavam, não me dando o alívio do choro. As cores tinham-se ido, os sons não mais me ligavam ao mundo, me torturavam. Qualquer momento em que me encontrava sem atenção condicionada era sufocante e aterrador.

Aí veio a droga. Confesso que não fui eu quem a procurou, tão pouco a administrei. Porém, tive escolha, e aceitei de bom grado. Sei de suas possíveis conseqüências negativas, mas nada mais posso fazer. Ela está em minha mente, deixando-me feliz. Gera energia aos músculos, antes pesados e fracos. Torna minhas previsões otimistas. Devolve as cores e a música. Torna os momentos vazios em deliciosos momentos de reflexão. Quase abandono o blog, já que este surgiu como uma forma de lidar com esta dor, que por hora se foi. Voltou para as sombras.

Esta droga porém é muito perigosa, pois meu organismo não suporta seus efeitos negativos. Sei que estes podem nunca aparecer, mas se assim o fizerem não haverá nada que segurará minha queda.

Esta droga é a esperança que corre em minhas veias, em minha mente, em minha alma. Infelizmente a realidade, se não for mudada pode destruir seu efeitos e trazer como uma avalanche toda a tristeza, em dobro. Mas estarei sendo tolo se não aproveitar este bom momento. Se o pior acontecer, será definitivo, logo, não devo me ocupar previamente com isso. Viverei cada momento, e se a realidade respaldar a esperança, estarei livre, se não...só vivendo para saber.

terça-feira, 2 de março de 2010

A vida tem sempre razão?

Será que aceitação e desistência se relacionam? Aceitar pode ser mostrado como a desistência da mudança? Ou aceito quando percebo que a mudança não é necessária?
Sendo assim a aceitação estaria intimamente ligada ao preconceito. Afinal, somente tendo um conceito formado do que é ideal eu questiono a forma real. Desse questionamento surge a vontade da mudança, de tornar ideal o que não é.

Porém, nossa existência não se limita ao intelectual, e é colorida pelas vastas tonalidades das emoções. O processo da mudança não as escapa. Inicialmente podemos identificar duas emoções fortes: a desencaixe da realidade e o medo da mudança. Temos também a expectativa que carrega seu irmão feioso: a frustração. Logo podemos perceber que é a partir do preconceito que tudo se desenrola.

Com este ponto me vem a pergunta, se a frustração pode gerar uma dor insuportável ao aparelho psíquico, podemos escapar de suas garras mudando nossos conceitos? Aceitando a existência? Mas isso não seria desistir de atuar, de viver? Poderíamos estar enganados todos sobre nossa função na vida, prejudicando a existência com nossos preconceitos? Será que a vida tem sempre razão?

Se alguém tiver a resposta, favor postar. Estarei esperando, tomando chá e mudando.